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PRESIDENTE ANIVEC EM ENTREVISTA À SIC



Em entrevista à SIC, o Presidente da ANIVEC, César Araújo, alerta que a "indústria de vestuário e moda encontra-se numa situação difícil desde o início da pandemia” e que enquanto grande parte do Mundo promova medidas de recolher obrigatório, confinamento e teletrabalho, em detrimento da socialização, a recuperação estará longe de acontecer.


Sendo tradicionalmente um setor exportador de artigos de luxo, usados pelas pessoas na sua dinâmica normal, a retração do consumo é inevitável e continuará a aumentar tanto quanto mais restritivas forem as medidas implementadas na Europa e no Mundo.


Ao mesmo tempo, este é um setor de atividade com capital humano intensivo, o que representa um peso elevadíssimo na estrutura das empresas que se veem excluídas dos estímulos exclusivos a PME’s por, massivamente, promoverem a criação de postos de trabalho. Como tem vindo a defender o Presidente da ANIVEC, as empresas da indústria do vestuário e confeção concorrem com desvantagem face a empresas de outros setores que não requerem tantos recursos humanos e que mesmo tendo faturação anual superior, são abrangidas pelos ditos estímulos. O trabalhador nunca pode ser uma variante negativa nem um fator discriminador. Assim, deve ser redobrada a atenção dada às empresas deste e doutros sectores, igualmente penalizados, que promovam a manutenção dos postos de trabalho.


A pandemia veio desencadear uma catástrofe sem precedentes e o que agora é o colapso da economia de mercado, vai tornar-se numa recessão económica inigualável. Esta crise está a enfatizar as fragilidades de uma indústria que, como César Araújo tem vindo a salientar, está a ser dada como moeda de troca sem qualquer regulamentação num processo de globalização, colocando-a num mercado sem fair-play. A excessiva dependência de produtos com proveniência da Ásia, que no vestuário corresponde a 85% do que é consumido na Europa, compromete a competitividade do sector.


O futuro da atividade no setor do vestuário e confeção adivinha-se debilitado caso se mantenha esta dependência por produtos de origem asiática. César Araújo acredita que é preciso "repensar a Europa", com o desenvolvimento de um "plano Marshal" que permita aos europeus terem meios para voltar a consumir e simultaneamente que promovam a vitalidade das empresas, regulamentando o mercado e incentivando o consumo do que é produzido na Europa. Assim, o Presidente da ANIVEC, defende ainda que é necessário reunir condições para que as empresas assumam o compromisso de garantirem que “que pelo menos 30% do que comercializam na Europa seja Made in Europe”, medida que irá proteger e desenvolver o tecido industrial europeu.


Para ver entrevista na integra, clique aqui.




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