Presidente da Direção da ANIVEC em entrevista à Antena 1
Em entrevista à Atena 1, César Araújo, Presidente da Direção da ANIVEC, falou acerca do possível agravamento dos preços do vestuário como consequência da “crise profunda“ causada pela pandemia que veio “acelerar o aumento dos preços dos combustíveis e da energia” que, por sua vez, vão refletir-se no custo do vestuário.
A par do aumento dos custos inerentes ao processo produtivo e logístico, apontou igualmente a escassez de recursos, nomeadamente de matéria-prima, como um entrave à retoma do setor têxtil e do vestuário, sendo que esta será mais morosa do que o previsto, representando um cenário dramático para a indústria.
César Araújo reconheceu que, apesar das empresas do setor têxtil e do vestuário se mostrarem resilientes e flexíveis, estão a ser vítimas de uma globalização que foi “feita de uma forma selvagem” e esta pandemia veio mostrar “as fragilidades em que a Europa está mergulhada”, face à monopolização da produção das matérias-primas por parte dos países terceiros.
Relativamente às responsabilidades ambientais, o Presidente da Direção da ANIVEC defendeu os governantes europeus devem perceber que o “planeta não pode salvo apenas pela Europa”, e que é preciso haver solidariedade entre todos os países do mundo em prol da criação de um mercado regulado e equilibrado.
O Presidente da Direção da ANIVEC rematou a sua intervenção com a previsão de que os preços do vestuário não sofrerão ainda alterações significativas neste ano, no entanto, nas próximas estações o cenário poderá já não ser o mesmo, uma vez que a indústria do têxtil e do vestuário está a sofrer uma crise sem precedentes.
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