César Araújo em Paris para defender “indústria mais forte"

Na qualidade de presidente da Associação Nacional da Indústria do Vestuário e Confeção (ANIVEC), o vizelense César Araújo esteve recentemente, reunido com Pierre-François Le Louët, co-presidente da UFIMH - La Mode Française, François-Marie Grau, delegado da Fédération Française du Prêt à Porter Féminin e Philippe Pianko, presidente da ZYGA, em Paris.
Na semana de um dos eventos mais relevantes para as indústrias têxteis e de vestuário globais – a Première Vision Paris, o encontro apontou a necessidade de cooperação para uma indústria mais forte. A Europa lidera o mercado global da moda, mas para garantir essa liderança, a ANIVEC considera essencial nutrir o futuro da indústria e controlar seu impacto ambiental e social: “Essas são preocupações compartilhadas por todos os tomadores de decisão, mas rapidamente esquecidas por aqueles que acabam comprando”.
Tal como César Araújo denunciou em recente entrevista à Rádio Vizela, a ANIVEC vem agora emitir comunicação, onde podemos ler que “com a ascensão de players mundiais como TEMU, SHEIN, ALIBABA entre outros, responsáveis pelo fenómeno da moda ultrarrápida, tornou-se obrigatório garantir a implementação de mecanismos capazes de garantir o acesso justo ao mercado.”. “A "igualdade de condições" foi comprometida desde que a União Europeia criou mecanismos como o SPG e o "De minimis" que permitem a entrada de bens de baixo valor agregado no território europeu livres de impostos e de qualquer responsabilidade. A ultra-fast-fashion está a transformar peças de vestuário em artigos descartáveis, independentemente de todos os esforços europeus e dos compromissos globais para reduzir o impacto das indústrias têxtil e de vestuário no planeta. Na verdade, esse fenómeno sustentado pelo dumping do mercado e pelos custos baratos da força de trabalho está aumentando a quantidade de produtos importados. A rastreabilidade, durabilidade e, portanto, a integração de tais produtos em um modelo de economia circular fica comprometida”, lemos ainda,
César Araújo volta a falar na maior fraude fiscal do século XXI na Europa: “Os mecanismos atuais permitem que roupas de baixo custo entrem no mercado único sem adicionar IVA ou taxas de liberação, o que apenas impede o aumento das importações”.
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