ESPANHA – COMUNIDADES AUTÓNOMAS (2016)
A Ficha de Mercado “Espanha - Comunidades Autónomas” (2016), publicada pela AICEP, faz uma breve análise da economia das Comunidades Autónomas Espanholas, do seu comércio externo, das trocas comerciais das Comunidades com Portugal bem como do investimento entre Portugal e Espanha, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.
Cinco Comunidades Autónomas espanholas concentraram cerca de 70 por cento das compras espanholas de bens a Portugal em 2015.
As 17 Comunidades Autónomas espanholas apresentam características muito distintas a nível económico, sendo que apenas quatro Comunidades representaram cerca de 60 por cento do produto interno bruto (PIB) espanhol em 2015: Catalunha (com cerca de 19 por cento do total), a Comunidade de Madrid (18,8 por cento), Andaluzia (13,4 por cento) e a Comunidade Valenciana (9,4 por cento).
Em termos de Pib per capita foram sete as Comunidades Autónomas que apresentaram, no último ano, um valor superior à média espanhola: Madrid, País Basco, Navarra, Catalunha, Aragão, La Rioja, e as Ilhas Baleares.
Segundo o Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, em 2015, as importações de bens de Espanha com origem em Portugal (10 698 milhões de euros) registaram um acréscimo de 6,9 por cento face ao ano anterior. As principais Comunidades Autónomas clientes de Portugal foram a Galiza (perto de 17,4 por cento do total das compras espanholas a Portugal em 2015, -0,4 por cento face ao ano anterior), Madrid (16,9 por cento, +8,8 por cento), a Catalunha (16,5 por cento, +2,6 por cento), a Comunidade Valenciana (9,8 por cento, +3,9 por cento) e a Andaluzia (9,6 por cento, +13 por cento). Estas cinco Comunidades representaram cerca de 70 por cento das compras espanholas de bens a Portugal no ano de 2015.
As Comunidades Autónomas espanholas são, também, muito diferentes em outros aspetos (como os hábitos de consumo, preferências dos clientes, clima e cultura, língua), pelo que é importante ter em conta que Espanha não é um mercado único e homogéneo, mas um conjunto de diferentes mercados, e portanto as empresas portuguesas devem ponderar uma abordagem regional a este mercado.
Neste contexto, e de acordo com este estudo, a estratégia de comercialização deve ser diferenciada, por forma a serem detetadas as regiões com maior potencial para o produto ou serviço a comercializar, sendo necessário um investimento prévio no conhecimento do mercado concreto a atingir e as suas especificidades. Por outro lado, é importante ter presente que a grande descentralização de poderes políticos e administrativos se reflete nas políticas de desenvolvimento regional, e portanto nas políticas de apoio à internacionalização, captação de investimento e apoios locais às empresas.
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Fonte: AICEP